Pra quem não conhece, o game inaugurou um novo gênero e se consagrou como um dos maiores sucesso do Dreamcast.
Alguns games, com toda a certeza, ficam presos à nossa memória. E a tentação chega a ser tão grande que, só de ouvir o seu nome, nos lembramos da primeira vez em que o jogamos. Fácil é recordar se, na ocasião, uma leve garoa lhe impedia de sair de casa e o vídeogame gritava por seu nome.
A opinião pode ser só sua, mas estes games se tornam clássicos e, agora, tem um lugar especial em seu coração. Nada vai mudar isso. E você sempre vai continuar tendo vontade de jogá-lo por mais uma vez.
Quase constantemente ligava-se o console. Difícil era parar para comer ou dormir. Não sabia se a cópia era mesmo emprestada ou (levemente) furtada. A época era do realismo, dos polígonos e das linhas suaves. Um jogo que tentava fugir dessa regra era covardemente bombardeado. Em um mundo gamístico de 2001 tomado por marrons (sim, estavam por toda a parte), não sabia se uma escolha multicolorida era a coisa certa.
Parece que ele me chamava: Jet Set Radio não tinha gráficos estrondosos – era tudo em cel-shaded, aliás – mas não era essa a sua intenção. Talvez era proporcionar liberdade, por sua essência de “rebelião“, ou, apenas, divertir os diretamente interessados.
Correr da polícia era o seu principal objetivo. Não apenas isso, era legal deixar a sua marca em meio ao caos urbano. A trilha sonora era totalmente otimista: algo bastante techno com ruídos sugestivos.
Era uma guerra entre gangues com armas nada perigosas. As latas de tintas provavam que você dominava as ruas e a sua humilde superioridade. E isso era tudo.
Pouco tempo depois, uma sequência para Xbox tentava se impor, mas nada conseguiu ultrapassá-lo. Jet Set Radio foi uma experiência única, provando que uma indústria de games não precisa, necessariamente, sobreviver da ação, da violência e do caos.
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